“Alguns usam ouro ou prata ou pedras
preciosas para construírem em cima do alicerce. E ainda outros usam madeira ou
capim ou palha.” (1 Corintios 3:12)
Tenho observado as pessoas neste tempo. Tudo se
tornou uma disputa. Seja no transito, no trabalho, entre os casais, entre os
amigos, pais e filhos. Uma simples conversa se torna alvo de ter “alguém
certo”. A disputa ignora o amor, o cuidado, o zelo, a preocupação, e traz à
tona toda soberba, orgulho, independência e egoísmo dentro de si.
Isso se estende aos cristãos. Aquele que deveria
servir, dar a outra face, deixar levar a túnica, andar mais um quilometro,
lavar os pés, ser o último; lança sua teologia, sua religiosidade, suas teses,
suas experiências como a única verdade avassaladora e destrutiva de tudo que
não se encaixa no seu “check list” cristão.
Somos apenas diferentes como Paulo diz em 1 Corintios
12. Somos “membros” da igreja que deve se completar um ao outro se tornando o
corpo de Cristo. Não existe uma disputa entre um e outro! Nossa disputa é com
nós mesmos: quem somos, quem podemos ser (em Cristo), onde estamos e onde
realmente podemos chegar (em Cristo), qual o preço estamos dispostos a pagar,
tudo que realmente podemos renunciar.
Ser ouvinte da palavra não te torna um Cristão. O que
te faz ser um cristão genuíno é ouvir (ler) a palavra de Deus e deixa-la
transformar sua mente, seu coração, seu corpo, suas atitudes. E isso é decisão.
E ela é individual. Se você toma sua decisão de avançar e subir o monte, ela é
sua decisão apenas.
O que quero dizer? Que se o outro não decide ir aonde
estou indo, isso não lhe faz pior do que eu. Se alguém não corresponde ao que
eu ensino, isso não me faz melhor do que ele. Apenas tomamos decisões
diferentes. E cada decisão vai levar a trilhar um caminho, que este sim podemos
dizer que há um melhor que outro! (1 Co 12:31)
Então não somos uns melhores que os outros, mas sim
podemos tomar decisões melhores. Não corro disputando com ninguém, mas uma
melhor preparação me fará correr mais, e alcançar níveis mais altos. A minha
decisão é somente minha, mas eu devo avaliar aonde ela vai me levar, e o quanto
estou disposta a transformar minha mente medíocre em uma mente guiada pelo Espirito.
Em Deus não há limites, sendo assim eu decido se as aguas
ficarão nos tornozelos (e isso significa que a pessoa tem sua parte em Deus e
suas bênçãos) ou se buscarei aguas mais profundas (Ezequiel 47) onde o fluir de
Deus nos sustenta, nos supre, nos purifica de nós mesmos e nos dá força para
então fazer realmente algo relevante e não apenas construir a casa sobre a
rocha (Mt 7:24), mas utilizar ouro, prata e pedras preciosas para construir em
cima do alicerce (1 Co 3:12).
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