domingo, 15 de agosto de 2010

Refletindo sobre reconciliação...


Qual foi o principal ministério de Cristo? Para mim foi a da reconciliação. Sua vida, sua morte e sua ressurreição tiveram um objetivo: reconciliar o homem com Deus. Deixar a “glória” e vir a este mundo, sofrer e morrer por homens pecadores, ingratos, e ressuscitar para nos dar vida em abundancia, é uma obra completa e maravilhosa. O Pai ansiava tanto por essa reconciliação que enviou seu Filho Único, viu-o sofrer, ser humilhado e morrer! Mas Eles sabiam que era por um motivo, que para Eles, era o único que importava.

Desde a queda de Adão, Deus ansiava por essa reconciliação. Ansiava restaurar o seu relacionamento mais intimo com toda a humanidade, com todos os homens. Esse relacionamento é tão importante para Ele que não poderia ter sido um sacrifício menor que o de Cristo. O preço foi alto, porque a importância é de grande valia. Deus não criou o homem para se divertir, como alguns pensam, nem para o abandonar em seus desejos e paixões. Deus criou o homem porque desejava um relacionamento intimo e profundo, assim como ele tinha com Adão.

Adão foi o primeiro a errar o alvo. Ouviu seus desejos, e sua vontade, acreditou que poderia tomar suas próprias decisões, e achou pesado demais esperar e depender do Pai. Se não fosse ele, seria qualquer um de nós. O nosso livre arbítrio nos leva sempre à independência do Pai. Mas olhar para Cristo sempre nos leva aos braços desse Pai amoroso, perdoador e restaurador. Quem aceita esse sacrifício de Cristo, reconhece que é pecador e que precisa da cruz para se reconciliar com Deus, passa a viver uma nova vida. A única vida verdadeira.

Mas e quem não aceita? Como pode uma pessoa viver a vida toda sem se reconciliar com o Pai? Qual o sentido da vida dessa pessoa? O que a faz não se render aos encantos do amor de Cristo? O que a impede de se entregar e viver a única emoção que realmente vale a pena aqui na terra? Eu tive essa experiência com Cristo há 11 anos. E hoje me pergunto o que seria de mim sem Cristo. É Ele que me faz levantar, andar, respirar, pensar, desejar. Ele é tudo pra mim. E tudo que sou vem dele.

Aonde as pessoas buscam sonhos e esperanças? Aonde encontram força para enfrentar as dificuldades da vida? Pode mesmo o trabalho e o dinheiro preencher um espaço que deveria ser de Deus em nossas vidas? O Evangelho é simples: reconhecer que somos pecadores e nos entregar à Cristo para que Ele faça de nós o que bem quiser. Basta crer e aceitar. Basta dizer a Ele que se crê em seu sacrifício e em seu perdão, e deixa-lo conduzir-nos por um caminho de mudanças. Mudanças de pensamentos, conceitos e valores. Mudanças de atitude, de gestos e de perspectivas.

Cristo vive! Ele é vivo e está entre nós. Ele quer se relacionar comigo e com você. Quer fazer parte de nossas vidas. Quer nos ensinar, nos ajudar, nos consolar. Nos carregar no colo quando pensamos que não agüentamos mais. Quer segurar nossa mão, quando achamos que estamos caindo em um poço profundo. Quer nos colocar debaixo de suas asas quando achamos que vamos enlouquecer. Quer nos dar esperança (verdadeira) quando achamos que tudo acabou. Quer fazer parte de nossas decisões, de nossa vida.
Não há outro interesse de Cristo em nós, a não ser de estar ao nosso lado em todo tempo.

Um dia uma amiga me perguntou: “Como posso acreditar que Deus existe?”. Minha resposta foi: “Como você pode não acreditar que Ele existe?”. Basta olhar ao redor, toda a perfeição do universo, como tudo se encaixa perfeitamente. Bastar olhar para si e sentir o ar entrando e saindo de seus pulmões. Basta olhar para sua vida e avaliar se seria possível estar onde está, sem a intervenção de um ser supremo, superior e amoroso. Basta olhar para tudo que tem e conquistou, que na sua opinião, pode não ser tudo o que sempre quis, mas se reparar é muito mais do que precisa para viver.

Tudo nessa vida é opção. Tudo o que vivemos depende de uma escolha. E tudo o que escolhemos tem suas conseqüências, sejam elas boas ou ruins. Mas nossa principal escolha é aceitar a Cristo. Em nossos corações, de lábios, de atitudes. A bíblia não é só um livro. Jesus não foi apenas um profeta. As historias bíblicas não são apenas contos. O amor de Deus não é para alguns. O amor de Deus é para todos quantos se dispuserem a crer nele, a confessar seu nome, a crer em seus milagres. O milagre de uma nova vida, de um novo ser, que desponta depois que conhece o verdadeiro sentido da vida: adorar e se relacionar com o único Deus verdadeiro: Jesus!

Este na verdade é um desabafo. Uma voz que ecoa dentro de mim e deseja ardentemente que meus amigos, meus parentes, meus pais e meus irmãos, possam abrir o coração para esse Deus maravilhoso e desfrutar de um sentimento único, verdadeiro, e entender o sentido da vida.
Uma voz que ecoa trazendo a responsabilidade de pregarmos a simplicidade do evangelho, não apenas com palavras, mas com nosso testemunho. Testemunho de paz, de verdade, de compaixão, de amor e de alegria. Deixando transparecer através de nós a vida de Cristo, e não nós mesmos.