“Ninguém põe vinho
novo em odres velhos. Se alguém fizer isso, os odres rebentam, o vinho se
perde, e os odres ficam estragados. Não. Vinho novo deve ser posto em odres
novos. E ninguém quer vinho novo depois
de beber vinho velho, pois diz: ‘O vinho velho é melhor’.”
(Lucas 5:
37-39 – grifo meu)
No Evangelho de João capitulo 6, depois da
multiplicação dos pães, a multidão procura Jesus. E Ele diz que o estão
procurando não porque entenderam os “seus milagres” mas por que ficaram
satisfeitos na “carne” com o milagre. E começa a falar de uma comida que não
perece, e dá vida! E Ele é esse alimento! Ele é o pão da vida!
Esse discurso ofende a mente religiosa que já sabia
como fazer para buscar a Deus. Eles viam tudo que Jesus fazia, foram atrás de
Jesus mas não criam nele, não compreendiam suas palavras. Como Ele poderia ser
o “pão do céu”? Como poderiam se alimentar “da própria carne” Dele para viverem
eternamente? Do que Jesus estava falando?
Hoje em dia não é diferente. Quando declaramos que o
fazer não é mais importante que ser e estar diante de Deus, exercendo sacerdócio
individual, aos pés de Cristo, bebendo e comendo Dele; que as obras não são o
meio para se achegar a Cristo, mas a consequência de se estar com Ele o tempo
todo; que Jesus precisa fazer em nós, para então se revelar através de nós; as
pessoas respondem (não com palavras, mas com suas atitudes): “O que Ele ensina é muito difícil! Quem pode
aceitar esses ensinamentos?” (João 6:60).
Isso acontece por que é muito “difícil abandonar
velhos costumes e aceitar costumes novos” (Comentario Biblia NTLH). Isto é, “o vinho velho é melhor”! É bem mais
simples dizer: “Jesus me chamou, Jesus me usa, já estou preparado”, do que
reconhecer que estamos em um nível tão raso que os tormentos da mente ainda são
brechas para satanás. É mais simples ir à igreja uma vez por semana e receber
uma “porção”, do que estar diante de
Deus todos os dias comendo a coisa toda!
É mais simples orar pelos outros, do que entrar na
presença de Deus, deixar Seu poder nos revelar quem realmente somos e nos
transformar ao ponto de sermos parecidos com Cristo. Sim tudo isso é difícil!
Mas só é difícil por que a carne não morreu, o orgulho não foi abatido, e o seu
próprio “eu” não foi destronado.
Então você clama por mais de Deus, por ver sua face,
mas quer que Deus se encaixe em seus desejos e vontades, que elevam seu ego e
façam que as pessoas te elogiem (Romanos 12:3). Isso é odre velho! E todo o
vinho novo se derrama e se perde. O primeiro passo para receber mais de Deus é
se achegar a Ele reconhecendo que a porção de ontem (por melhor que tenha sido)
já passou e que Ele tem uma nova porção naquele momento, para aquele dia, que
mudará toda a sua vida e seu futuro. Isso é odre novo!
Então se nos apresentamos diante de Deus não por “entender
o milagre” de tê-lo disponível em todo o tempo, mas porque Ele sacia nossas
vontades, somos os mais “miseráveis, infelizes, pobres, nus e cegos” por não
desfrutar da maior riqueza que podemos ter (Jesus), em não aceitar a mensagem Dele
a respeito do Reino de Deus, por estarmos tão acostumados com ensinamentos e tradições
religiosas.
Campanhas, conferencias, atos proféticos, e até mesmo
pequenas reuniões onde o poder de Deus se manifesta, não muda as pessoas. O que
muda nosso interior é conhecer Jesus, se relacionar com Ele, se submeter à Sua
plena vontade. E isso não acontecerá enquanto estivermos ocupados fazendo o que
os outros nos mandam fazer, ou coisas que elevam nossa estima, ou simplesmente
fazendo o que Jesus NÃO nos mandou fazer.
Vinho novo está disponível todos os dias. E você até
pode beber dele, mas se seu odre estiver velho, o vinho novo se derramará e
tudo se perderá. Transformar o odre velho em novo, significa deixar que a mente
ofendida revele o coração, e assim tomar uma decisão de abrir mão de tudo, para
encontrar seu lugar aos pés de Jesus. E o óleo fresco que Jesus derramará sobre
você transformará seu estado antigo em novo, e você guardará seguro seu vinho!
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