Talvez eu tenha motivos para finalizar o ano depressiva,
murmurando e reclamando de alguns problemas que parecem ser montanhas
intransponíveis. Porém este foi o melhor ano da minha vida até aqui. Não por
ter conquistado bens, ou estar farta de muitas coisas. Não. Neste ano encontrei
um tesouro maior que o mundo todo, encontrei uma riqueza inenarrável, me
encontrei com Jesus.
Sim, eu já o conhecia há muitos anos, mas Ele se revelou a
mim de uma forma tão intensa e tão profunda que me fez ver quanto tempo perdi
priorizando “fazer” do que “ser”. Eu compreendi as palavras de Deus através do
profeta Samuel à Saul “O que é que o Senhor Deus prefere? Obediência ou oferta
de sacrifícios? É melhor obedecer a Deus do que oferecer-lhe em sacrifício as
melhores ovelhas” (1 Samuel 15:22).
O que isso significa? Que estar aos pés de Jesus para
aprender dele, ouvir dele, se relacionar com ele, é mais importante do que
qualquer caridade, generosidade ou serviços prestados em nossas igrejas. Tudo
isso fluirá de nós quando estamos enxertados na Videira, não tenho dúvida. Mas
fazemos essas coisas sem buscar de verdade a vontade de Deus, através de
Cristo.
Aprendi que não há limites em Deus e quanto mais buscamos,
mais encontramos motivos e motivação para alçar voos mais altos. Que não
podemos nos acomodar com bênçãos acreditando que elas nos são o melhor de Deus.
Pois o melhor é o abençoador, o dono da promessa, aquele que nos sustenta e
pode nos tirar tudo, mas manter seu amor e sua graça. E te-lo me basta, ele é o
meu maior tesouro, a minha única riqueza, minha herança eterna!
A montanha intransponível? Não existe. A depressão? É
vencida pelo amor do Pai. As murmurações? Já não existem mais. Pois quem tem
fé, acredita, confia, entrega. Eu não posso fazer nada, não sou nada, não tenho
nada. Mas com Jesus permaneço de pé, e continuarei prosseguindo para o alvo,
não pelo que tenho, nem pelo que vejo com os olhos naturais. Mas sim pela visão
de gloria que somente quem busca a Deus consegue alcançar.
Acredito que eu não disse nada novo com minhas palavras.
Porém eu conheci essas coisas em sua essência mais profunda. Como Jó quando
disse: “Antes eu te conhecia só de ouvir falar, mas agora eu te vejo com os
meus próprios olhos”! (Jó 42:5). Ora, se “no mundo inteiro não havia alguém tão
bom e honesto, temente a Deus” (Jó 1:8) como ele, como ele conhecia a Deus só de
ouvir falar? Mas ele se sentiu assim, porque quando nos deparamos com a face do
Senhor, nada mais tem valor, por melhor que seja.
Em agradecimento ao
meu Pai, a Jesus e ao Espirito Santo que me conduz, hoje faço minhas as
palavras de Paulo “parece que não temos nada, mas na verdade possuímos tudo” (2
Coríntios 6:10b). Sendo assim minha meta para 2016 é buscar minha identidade de
filha em relação ao meu Pai, ser amiga de Cristo e servir ao Espirito
obedecendo em tudo!
“E essa pequena e passageira aflição que sofremos vai nos trazer
uma glória enorme e eterna, muito maior que o sofrimento” (2 Corintios 4:17)