Genesis 2
O senhor Deus fez brotar... Varias espécies com frutos deliciosos...
Agradáveis aos olhos, boas de se comer. Deus cria todo o suprimento para o
homem sabendo que ele teria sensações, e que essas sensações são importantes para o homem. Então o Pai
prepara uma mesa com beleza e sabor. E muito provavelmente cada fruto
despertava uma sensação diferente no homem.
A arvore da vida... Jesus é a própria vida, sendo assim essa vida
possuía algo que apontava, ou representava, ou tinha algo de Jesus. Ela tinha
algo mais, pois ela gerava vida no homem. Nela havia um sabor especial e uma
beleza especial também. Uma arvore normal já é por si só já nos transmite algo,
a arvore da vida deveria transmitir sensações sobrenaturais no homem, que
deveriam ser suficientes para o homem!
O homem sendo sensorial muitas
vezes tenta limitar suas sensações adestrando-as. Porem o correto é canalizar
as sensações para suas origens. Deus deseja que sejamos espirituais, mesmo
assim fala conosco através das emoções e sensações.
Coma a vontade, porem de uma não comera, pois morrera... Além de preparar Deus
sobeja com “coma à vontade”, mesmo assim põe uma única limitação.
Estavam nus, mas não sentiam vergonha...
pureza, natureza, transparência. Mas não é uma inocência ignorante sem
maturidade, mas inocência com proposito e com pureza. Pois uma criança faz sem
saber o que estava fazendo, mas Adão tinha total consciência de quem era ele e
quem era Deus. Mas não tinha problema em se expor, pois até então só conhecia o
bem e a bondade de Deus. O texto não diz que ele não errava, mas que ele não
tinha problema em se expor, e expor quem ele era.
Genesis 3
A serpente
Astuta, seduz
com palavras, fala de forma distorcida e joga uma semente de duvida, ainda que
de primeira Eva responde com convicção. Sua primeira pergunta “não podem comer de nenhuma”, não é o
objetivo final, mas o meio de alcançar a mente e o coração de Eva. A semente
precisa da terra para envolve-la e faze-la eclodir, podendo então crescer. E
então a serpente gera a verdadeira duvida para seu objetivo: Não morrerão, seus olhos se abrirão,
conhecerão.
Por isso
algumas vezes precisamos nos atentar tanto na semente que recebemos em nossa
terra (nosso coração), como também nas sementes que lançamos ao coração do
próximo. É necessário ter discernimento espiritual de qual semente será envolvida
em nosso coração, e de qual sementes lançamos ao próximo.
Em 1Joao 2:16
lemos a ação do pecado através das sensações do homem. A cobiça dos olhos, a
cobiça da carne e o orgulho da vida. Em outras versões: intenso prazer físico,
desejo por tudo que vemos, orgulho das nossas realizações, ostentação dos bens.
Podemos identificar esse mesmo padrão na Tentação de Jesus , tanto no Evangelho
de Mateus cap 4, tanto no Evangelho de Lucas também cap 4. As pedras em pão:
cobiça da carne. Os reinos e a gloria do mundo: cobiça dos olhos. Atira-te
abaixo: soberba da vida.
Da mesma forma
esse padrão é visível aqui em Genesis 3:6:
Ø
viu a beleza: cobiça dos olhos
Ø
parecia delicioso: cobiça da carne
Ø
desejou sabedoria: orgulho da vida
O homem
Perceberam que estavam nus... A consciência do erro trouxe vergonha,
esconderijo, medo. Eles experimentaram sensações e sentimentos da
independência. Como já falamos, eles só conheciam o bem e a bondade, e então
passaram a experimentar do mal. O homem passa a ver as coisas de forma
diferente e já escravo do pecado não tem a opção de agir diferente diante de
Deus.
Não era
impossível comer da arvore, era proibido. São coisas diferentes. Portanto
quando Cristo se entrega em sacrifício, um dos propósitos é devolver ao homem o
poder de escolha. Pois quando Adão é criado, ele tem esse poder de escolha,
porem ao comer do fruto se torna escravo e escravo não escolhe.
Dessa forma
hoje ainda (de forma figurada é claro!) temos a opção de comer da arvore da
vida e obedecer não comer da arvore do conhecimento do bem e do mal. Mas no dia
a dia o que evidencia nossas escolhas, são nossas ações. O que comemos durante
o dia? O que tem nos alimentado? O que tem entrado na mente e no coração?
Quanto da vida de Deus tem sido absorvido por nós? Precisamos entender que o
bem de Deus é suficiente para nós.
Deus nos fez
com fome, Deus nos fez para sermos preenchidos de algo. Mas nós escolhemos o
que ingerimos, nós podemos ou não corromper o alimento. E também podemos nos
tornar um alimento saboroso ou corrompido.
O homem tinha
uma posição de governo que não exerceu na ocasião. Ele tinha uma ordem direta
de Deus que ele não obedeceu.
Foi a mulher que me deste como auxiliadora...
É certo que Adão já estava corrompido pelo pecado, por isso não podia mais
discernir como antes. Sua resposta apresenta algumas características do domínio
do pecado em sua mente ou coração. Mas essas não eram a verdade no momento em
que ele decidiu comer. Isto é, as respostas de Adão não são compatíveis com sua
verdade no momento da escolha.
a.
Não tive opção – ele tinha sim o poder de
decisão, então é obvio que ele tinha opções. E uma delas era obedecer.
b.
Você é o culpado – Ele culpa a Deus por pela
mulher que recebeu. Porem ela era auxiliadora e não dominadora. Sendo assim ele
poderia ter se posicionado e direcionado Eva.
c.
Não se responsabilizou por sua decisão - Temos
que ter consciência das decisões que tomamos nossas ações com pessoas e Deus.
d.
Não se arrependeu - Arrependimento: consciência
da ação errada e tomar para si a responsabilidade e mudar os pensamentos e
consequentemente agir diferente. Adão não teve essa opção após pecar, mas hoje
essa opção nos foi dada na cruz.
Foi a serpente... Só reafirma o fato de
depositarmos nossas decisões como reação. Porem precisamos ter a consciência de
nossas decisões. Depositamos a responsabilidade em Deus ou no próximo, quando
as decisões são nossas. Novamente afirmo: Cristo devolveu a nós o poder de
decisão, dando-nos o governo sobre nossas vidas. Podemos entregar essa decisão
nas mãos de Deus, mas isso não nega nossa responsabilidade.
Não podemos
levar Cristo até nossas decisões como quem “arruma” nossos erros. Nós devemos
ir até Cristo com nossas decisões. Nenhum dos dois consideraram a ordem de Deus
e não perceberam que os olhos se abriram para a maldade verso 22. Até o fato de
revelar a Deus através de nós é uma decisão de entrega. O Espirito Santo habita
em nós, mas não como alguém que toma o domínio do nosso ser, mas como acesso à
Deus para recorrer em nossas decisões.
Comer do fruto – qual o fruto do pecado?
Através de uma
auto avaliação ou uma avaliação de alguém confiável e próximo conseguimos
identificar de qual arvore estamos comendo. O fruto em nós de comer da arvore é
evidente através de nossas atitudes. O fruto do conhecimento do bem e do mal
fluem de uma independência de Deus e dos homens, pelas decisões através do próprio
conhecimento e entendimento, quando estamos sem revelação e entendimento da
ordem de Deus e principalmente do orgulho.
Arrependimento
O
arrependimento tem a ver não só com um pedido de perdão, mas com um
quebrantamento genuíno gerado pelo Espirito, que gera a mudança de mente
(metanóia) e consequentemente a mudança
de ação e repudio pela atitude anterior. Esse processo se dá através de incluir
Deus nas nossas decisões, optar (livre aribitrio) pelo que Ele ensina com a
consciência que sempre há opções, não justificar nossas ações (com mas, porem,
etc) pois esses termos mostram que não há repudio pela atitude de fato.
1 Joao 2: 3-6 – obedecer e andar
como ele andou
Ezequiel 18: 30-32 – a vida
procede do arrependimento, e o desejo de Deus é que não morram.
Salmo 51 – exemplo de um coração
quebrantado
2 Co 7: 9-10 – existe a tristeza gerada das nossas decisões e a tristeza gerada pelo Espirito para renovo.